segunda-feira, 13 de outubro de 2008

ESCATOLOGIA I

Quando o gafanhoto
gordo, não mais voa; (Ecl. 12,5)
e o maduro fruto,
grave, a terra procura...
então se rasga o véu
que o tempo vestia; (Lc 23, 45)
e nua eternidade
reveste toda criatura.

Um comentário:

. disse...

Ribeiro, que adorável poema este seu.De uma sensibilidade a toda prova.Estamos contigo:precisamos com a nossa inutilidade ajudar o tempo amadurecer e se tornar eternidade , o não-tempo.Que em nossa finitude nos vistamos com os trajes do perene, do pleno, do eterno.
Forte abraço.
Esdras e Aline