domingo, 12 de outubro de 2008

DAS ESTAÇÕES

Uma brisa a brincar
com a velha árvore
carregada de anos.

Em cada ano, o sabor
da semente das manhãs
pródigas de frutos.

Em cada fruto,
a carne pretérita...
oferta em doce.

Na raiz mais amarga
aquilo que se re-colhe
como promessa presente:

folhas, flores, frutos
de antigas árvores
e suas (dádivas) sombras... repousantes.

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